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sexta-feira, 11 de maio de 2012

APNÉIA DO SONO EM CRIANÇAS





SEU FILHO/A RONCA???

Ele/a mostra outros sinais de distúrbios de sono: longas pausas na respiração, mexe-se muito na cama, tem sudorese noturna, respiração bucal e maior esforço para respirar?

Todos estes, especialmente o ronco, são sinais altamente sugestivos de Apnéia Obstrutiva do Sono (AOS), que costuma ser muito mais comum entre as crianças do que parece reconhecermos. Estima-se que 1 a 4 por cento das crianças sofram de apnéia do sono, entre 2 e 8 anos de idade.

Existem crescentes evidências de que os distúrbios do sono pediátricos não tratados podem trazer um pesadelo fardo para a saúde enquanto estiverem presentes.

Xixi na cama (enurese), sonambulismo, terror noturno, déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), distúrbios hormonais que produzem crescimento e desenvolvimento insuficientes, geralmente estão associados à fragmentação crônica do sono.

Nos casos de AOS, existem várias fatores que levam ao estreitamento e instabilidade das vias aéreas superiores, por isso é importante identificá-los e corrigí-los.

Ao considerarmos os fatores predisponentes, citamos aqui os principais:

-Hipertrofia de Tonsilas Palatinas (Amígdalas) e Adenóides: talvez o fator que mais contribui para a gênese da apnéia do sono em crianças. O aumento do tamanho dos tecidos na parte posterior da garganta e do nariz (amígdalas e adenóides) é condição característica, embora isso não signifique que obrigatoriamente a criança terá apnéia. As crianças com apnéia do sono que têm aumento das amígdalas e adenóides melhoram significativamente com a sua cirurgia.

-Obesidade: outro fator de estreitamento e colapso das vias aéreas, está em crescente progressão entre as crianças, deve assumir um papel importante como causa de apnéia do sono se esta tendência continuar.

-Anomalias crânio-faciais: há várias anormalidades da cabeça ou da face que podem aumentar o risco de apnéia do sono. Condições que diminuem o tamanho do nariz, boca e garganta favorecem o colapso das vias aéreas durante o sono (macroglossia, hipoplasia médio-facial, retrognatia, micrognatia, etc.).

-Fatores Neuromusculares: uma mudança no tônus ​​muscular (hipotonia ou hipertonia), a compressão do tronco cerebral (Malformações de Arnold Chiari, tumores) e anomalias do desenvolvimento (Síndrome de Down) trazem maior susceptibilidade no desenvolvimento da AOS.

A remoção cirúrgica das adenóides e amígdalas é o tratamento mais comum para a AOS em crianças. Na maioria dos casos a operação resulta em eliminação completa dos sintomas. Algumas crianças portadoras de condições médicas crônicas como obesidade ou que já tenham AOS grave, propensas a complicações, devem ser cuidadosamente monitorizadas no pós-operatório imediato.

Caso a adenotonsilectomia não estiver indicada ou não melhorar satisfatoriamente os sintomas, a terapia de pressão positiva de vias aéreas (PAP), como aquela comumente prescrita para adultos, provavelmente também será bastante útil para as crianças. Deve ser prescrita antes da cirurgia em casos pediátricos graves de AOS, como tratamento paliativo.

Assim como em adultos, a adesão ao CPAP é um fator chave na determinação do sucesso terapêutico. Em muitas crianças a melhoria dramática na forma como se sentem após o início deste tratamento torna-se um importante fator de motivação.

Os aparelhos intra-orais no tratamento da AOS pediátrica são úteis em alguns casos, especialmente em adolescentes cujo crescimento ósseo facial está amplamente consolidado.

Controle de peso, que inclui medidas nutricionais, exercícios e mudanças comportamentais, deve ser fortemente encorajado em todas as crianças com AOS que estão com sobrepeso ou obesas. Uma noite de sono com duração adequada também é um importante componente na gestão do excesso de peso.

Outros tratamentos estão direcionados para os fatores de risco adicionais, em casos individuais, ou seja, medicamentos para crianças com alergias sazonais ou ambientais, medicamentos para asma, tratamento para o refluxo gastroesofágico (quando presente), além da abordagem dos demais fatores já citados anteriormente (doenças neuromusculares e anomalias crânio-faciais).

Referências:


"Children's Sleep Apnea"
American Sleep Apnea Association


















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