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terça-feira, 6 de novembro de 2012

A Odontologia do sono traz novas formas de tratamento para o ronco e apnéia do sono...

Causador de insônia em cônjuges, de transtornos na respiração como a apneia, culpado por noites mal dormidas, sonolência e cansaço diurno, o ronco é mais do que um distúrbio do sono ou problema social. Trata-se de um inimigo mais sério do que parece que pode gerar consequências graves. Entre os problemas que podem surgir está a arterioesclerose de carótida.

— A carótida é um importantíssimo vaso sanguíneo. Atingida pela vibração do ronco, ela pode se machucar e apresentar coágulos, o que pode terminar em derrame.

Esta constatação foi afirmada por uma pesquisa que foi publicada pela Academia Americana de Medicina do Sono, mas ainda assim não serviu de alerta para a maioria dos roncadores.

— As pessoas ainda relacionam o ronco como um distúrbio comum e simples, sinônimo de sono profundo. Na verdade, quem ronca dorme mal, pois se mantém em estado de semialerta durante toda a noite e não tem o sono reparado.

Uma das formas de combater o ronco é a utilização de uma placa odontológica intra-oral adaptada a materiais como silicone e aço inoxidável.

— Ainda é novidade para muitas pessoas. No consultório, tenho tratado pacientes que nunca tinham ouvido falar na placa intra-oral para tratamento do ronco e apnéia do sono. Todos satisfeitos após a utilização do aparelho.

A odontologia do sono defende a integração das áreas da medicina, pois todas elas se interligam em torno de um mesmo distúrbio, como é o caso do ronco.

O tratamento no dentista:

As placas são próteses ou aparelhos nos dentes feitos especificamente para o paciente com distúrbios do sono.

— Primeiramente, peço um estudo detalhado que pode ser feito em Clínicas de Exame do Sono, cujo responsável é um médico do sono. Com esse diagnóstico, temos condições de saber os níveis de ronco e se existem outros distúrbios do sono presentes, como a própria apnéia ou o bruxismo do sono. Depois do exame de Polissonografia, se o tratamento indicado para o paciente for o uso do aparelho, o trabalho deve ser feito por um dentista especializado e capacitado que fará todos os procedimentos necessários para a confecção da placa. Para resolver o problema o paciente deve seguir todas as recomendações do dentista.

O aparelho oral é confeccionado de acordo com o tipo de arcada dental de cada indivíduo. Existem vários tipos de aparelhos, escolhidos após uma avaliação das condições orais e faciais que incluem um exame odontológico completo da boca, dos dentes e gengivas, dos músculos da face e da mastigação e articulação da mandíbula (ATM).


— Com o aparelho, o ar vai passar pela garganta ou via aérea mais aberta, livre da resistência provocada pelo relaxamento dos músculos aumentados nos indivíduos com ronco e apnéia do sono.

É uma alternativa conservadora para ajudar os pacientes com ronco e apnéia do sono, tendo efeitos clínicos bastante consistentes e propiciando uma melhora considerável na qualidade de vida.

Por que dormir bem é o início de uma vida saudável!


quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Sentindo sono no trabalho?



A sonolência excessiva durante o dia é uma queixa muito comum em consultórios de profissionais que tratam de distúrbios do sono. Estima-se que a sonolência excessiva está presente em torno de 14% da população geral.

A sua importância reside no fato de que ela está relacionada com graves consequências para o indivíduo, no que diz respeito a queda na sua qualidade de vida como no desempenho das suas atividades profissionais, intelectuais e envolvimento em acidentes de trânsito e trabalho.

As pessoas que não dormem bem, tanto em termos quantitativos e principalmente, qualitativos, apresentam com frequência resposta mais lenta aos estímulos externos e graus variados de dificuldade de concentração, de raciocínio e reflexos.

As repercussões no desempenho cognitivo observadas nessas pessoas são resultantes da diminuição do fluxo sanguíneo no cérebro que ocorre durante o sono.

O déficit cognitivo pode comprometer gravemente a habilidade das pessoas de desempenhar uma série de atividades, dentre elas a capacidade de dirigir de maneira segura.

Inúmeras são as causas da sonolência e, sabidamente, ela é afetada por hábitos inadequados de sono, pela idade, pelo uso de medicamentos, estilo de vida, álcool e drogas. Dentre as causas, o ronco, as apneias (paradas na respiração durante o sono) e a narcolepsia são as mais frequentemente encontradas em pessoas com sonolência grave.
A pessoa que dorme mal, fatalmente, é mais lenta, mal humorada, apresenta uma sensação persistente de cansaço, é menos produtiva e poderá ser rotulada, injustamente, de "preguiçosa". Fatores como estresse, obesidade, depressão, ronco, diminuição da libido, dificuldade de raciocínio, de concentração, lapsos de memória além da queda no rendimento intelectual e da libido são indicativos desse distúrbio, assim como os acidentes de trabalho e de trânsito.

Existe uma escala de sonolência chamada Epworth utilizada mundialmente para ajudar na investigação desses distúrbios. É um teste simples cujo interesse é saber qual a probabilidade de uma pessoa cochilar ou adormecer em determinadas situações:

Veja a seguir e faça o seu próprio teste.

Utilize a escala apresentada abaixo para escolher o número mais apropriado para cada situação:

A) nenhuma chance de cochilar

B) pequena chance de cochilar

C) moderada chance de cochilar

D) alta chance de cochilar

SITUAÇÃO / CHANCE DE COCHILAR

Sentado e lendo.

Assistindo TV.

Sentado em lugar público, sem atividade (sala de espera, cinema, teatro, reunião).

Como passageiro de trem, carro, ônibus, andando 1 hora sem parar.

Deitado para descansar a tarde quando as circunstâncias permitem.

Sentado e conversando com alguém.

Sentado calmamente, após almoço, sem álcool.

Se estiver no carro, enquanto para por alguns minutos no trânsito intenso.

Some a sua pontuação:

A - ZERO

B – 1 PONTO

C – 2 PONTOS

D – 3 PONTOS


RESULTADO:

0–9 Normal

10 – 15 Sonolência leve

16 – 20 Sonolência moderada

21 – 24 Sonolência grave

Faça seu teste e verifique o seu grau de sonolência, caso apresente um escore de sonolência moderada e grave consulte um médico e/ou dentista do sono.


sábado, 20 de outubro de 2012

Mudanças do Horário de Verão influenciam no sono e na saúde...



O horário de verão brasileiro começa neste domingo (21). A meia-noite os relógios devem ser adiantados em uma hora na maioria dos estados brasileiros. A medida que tem o objetivo de gerar economia no gasto de energia, exige certa adaptação do ser humano. Nos primeiros dias, é difícil se acostumar com a nova rotina.

O melhor sono ocorre duas a três horas depois de escurecer. E o hormônio regulador do sono, "melatonina", acionado pela falta de luz, é alterado com a mudança de horário.

"Para se adaptar ao novo horário, o ideal é evitar situações estimulantes no final da tarde ou na parte da noite", pois quanto mais estímulo maior a dificuldade do organismo em relaxar. Outros hormônios, como o cortisol e o hormônio do crescimento, também sofrem variações durante o dia.

Evitar o consumo de café ou chá preto é uma das dicas. "Exercícios físicos muito extenuantes também devem ser evitados", outras atitudes que podem prejudicar o descanso, tais como se alimentar demais no jantar, ir dormir sem comer, tomar banho muito frio ou muito quente, e ler livros ou ver filmes muito estimulantes nas horas que antecedem o sono. "O horário de verão não é a única instância que desequilibra o organismo. Novos turnos de trabalho ou viagens internacionais podem agir da mesma forma".

O sono é o mais afetado com as mudanças do horário de verão.


Para manter a saúde, esses cuidados com o sono devem ser constantes o ano todo. "Dificuldade de dormir ou de acordar podem predispor o paciente a problemas cardíacos.



Lembrando que o bom ambiente de sono envolve local silencioso, escuro e arejado, e uma boa dica para os dias que antecede à mudança é dormir a cada dia alguns minutos mais cedo.

Outra dica: “aproveite o final de tarde e início de noite mais claros para fazer atividades prazerosas e caminhadas”...


Aula Ministrada para Cirurgiões Dentistas em Brasília - DF com o tema: Tratamento do Ronco e Apnéia do Sono com Aparelhos intra-orais...





" A Medicina do Sono vem despertando um interesse crescente de profissionais e pesquisadores de diversas áreas da saúde. A Odontologia, em particular, vem ocupando um papel de destaque dentro das equipes multidisciplinares que trabalham no diagnóstico e tratamento dos distúrbios do sono, especialmente, dos distúrbios respiratórios do sono.

A Associação Brasileira de Sono, reforçando o seu caráter multiprofissional, reconheceu em Assembléia Geral Ordinária no ano de 2005 a Comissão Odontológica. Este reconhecimento é fruto das importantes contribuições na esfera científica que a Odontologia vem realizando. Isto evidencia a responsabilidade que os cirurgiões - dentistas, clínicos e pesquisadores, devem ter a partir do momento que se envolvem com distúrbios do sono. E mostra que a credibilidade dos cirurgiões - dentistas junto à comunidade médica depende fundamentalmente de uma postura ética centrada nas evidências científicas que norteiam sua área de atuação, bem como no reconhecimento dos seus limites".

Fernanda Vieira Bezerra Franco

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

APNÉIA DO SONO PODE SER DIAGNOSTICADA PELO RONCO...


Estudo da USP encontrou correlação com exame utilizado por médicos hoje

Grupo simplificou modelo de análise ao considerar apenas os intervalos irregulares entre os roncos
FERNANDO MORAES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA



Certa vez, durante um congresso, o físico Adriano Alencar dividiu o quarto com um colega que sofria de apneia do sono. Após uma noite em claro devido aos roncos, ele se perguntou por que não havia conseguido dormir. "Percebi que o problema não era o barulho do ronco, mas a irregularidade dos ruídos."

O "insight" foi o estopim de um experimento que ele, o médico Geraldo Lorenzi-Filho, do Laboratório do Sono do Incor, e colegas da USP realizaram, rendendo um artigo que será publicado em breve no periódico "Physica A".

Nele, os pesquisadores apresentam uma maneira alternativa de diagnosticar a apneia obstrutiva do sono, baseada na análise das irregularidades do ronco. A doença, estima-se, atinge 32% da população da Grande São Paulo e pode aumentar o risco de problemas como doenças do coração e diabetes.

O diagnóstico padrão é feito por meio da polissonografia, um exame que avalia uma série de dados durante o sono, como ondas cerebrais, respiração e oxigenação sanguínea. Mas, para fazê-lo, o paciente precisa passar a noite toda no consultório.

O ronco é um fenômeno comum e, muitas vezes, não está ligado a nenhuma doença. Por outro lado, o ronco irregular é um dos principais indicadores de apneia do sono.

Segundo Alencar, que é professor do Instituto de Física da USP, "outros pesquisadores procuraram entender a relação entre ronco e apneia pela intensidade do barulho ou pela frequência. Nós simplificamos o modelo e nos baseamos apenas nos intervalos irregulares entre um ronco e outro".

No experimento, 17 pacientes do laboratório do sono do Incor foram submetidos a uma polissonografia e, ao mesmo tempo, seu ronco era gravado. Os sinais acústicos foram analisados por um software desenvolvido pelos próprios pesquisadores.

Eles partiram da hipótese de que, em pacientes com apneia do sono, os intervalos entre um ronco e outro ocorreriam entre 10 s e 100 s, e propuseram um índice baseado no número desses intervalos dividido pelo tempo.

A comparação desse índice com a medida padrão, o número de eventos de apneia registrados numa noite dividido pelo tempo, apresentou uma correlação expressiva.

O próximo passo, já em andamento, é repetir o experimento com 200 pacientes. Desta vez, os pesquisadores vão submetê-los primeiro ao diagnóstico pelo ronco e conferir se os resultados batem com os da polissonografia.

Para Simone Fagondes, do Departamento do Sono da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, "os resultados da pesquisa são promissores, e o estudo representa um importante avanço para estabelecer parâmetros e recomendações para a avaliação e a classificação do ronco, além de ter confirmado a relação entre o ronco e a apneia do sono."

Alencar afirma que a ideia não é substituir o diagnóstico padrão pela análise do ronco. "Nossa proposta é de um complemento, um pente fino, que indicará ou descartará o uso do exame mais detalhado nos pacientes".

Interessante matéria publicada na Folha de São Paulo, 10 de setembro de 2012.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Hipertensão Arterial resistente e Apnéia do Sono:


Hipertensão arterial sistêmica resistente(HAS) é aquela em que mesmo após empregadas diversas terapias medicamentosas diferentes permanece em níveis acima de 140/90mm Hg; ou seja, o paciente continua com a pressão alta apesar de fazer o tratamento medicamentoso indicado pelo médico. Atualmente, existem diversos estudos relacionando a Apnéia obstrutiva do sono a casos de HAS resitente, nos quais a prevalência de pacientes com HAS resistente que apresentam quadro de apnéia do sono varia de 70 a 85% dos casos. Isto sugere uma correlação direta entre as doenças, indicando o agravamento da HAS em casos mais graves de AOS e vice-versa. Tratar da Apnéia do sono, além de melhorar os sintomas provocados por ela pode também ajudar a controlar os níveis de PA, melhorando a qualidade de vida do indivíduo. A redução da pressão arterial é certamente o principal mecanismo pelo qual se promove a prevenção da doença cardiovascular.





Referências:

1 -Chobanian AV, Bakris GL, Black HR,et al The Seventh Report of the Joint National Committee on Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure the JNC 7 report.JAMA. 2003;289(19):2560-72.

2-Sociedade Brasileira de Cardiologia. IV Diretriz para Uso da Monitorização Ambulatorialda Pressão Arterial; II Diretriz para Uso da Monitorização Residencial da Pressão Arterial.Arq Bras Cardiol. 2005;85 Suppl II:13:34.

3-Joint National Committee on Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure. The seventh report of the Joint National Committee on Prevention, Detection, Evaluation, and Treatment of High Blood Pressure. JAMA.2003;289(19):2560-72

sexta-feira, 20 de julho de 2012

"Careta" ajuda a reduzir sintomas da apnéia e ronco...

Exercícios para fortalecer a musculatura da garganta envolvendo a língua e o palato mole (parte posterior do céu da boca) podem reduzir em até 40% a gravidade e os sintomas da apneia do sono - distúrbio que tem como características ronco alto e interrupções da respiração durante o sono.

Os exercícios que envolvem vários movimentos da língua foram desenvolvidos pela fonoaudióloga Kátia Carmello Guimarães em parceria com médicos do Instituto do Sono do InCor (Instituto do Coração de São Paulo). Os resultados foram publicados no periódico "American Journal of Respiratory e Critical Care Medicine".

Estudo epidemiológico realizado pelo Instituto do Sono da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) aponta que 32,8% da população da cidade de São Paulo sofre com apneia do sono. Foram avaliadas em laboratório 1.042 pessoas.

Editoria de Arte/Folha Imagem

O RONCO:

A flacidez muscular faz com que as estruturas da garganta vibrem com o ar, dando origem ao ronco. Se a boca fica aberta, a língua vai para trás, diminuindo o espaço para a passagem de ar dificultando o ato de respirar.


Durante três meses, os pesquisadores do InCor acompanharam 31 pacientes -16 fizeram os exercícios corretos e 15 fizeram exercícios ineficazes durante 30 minutos por dia.

De acordo com o pneumologista Geraldo Lorenzi-Filho, autor do estudo, ao final do terceiro mês de exercícios houve uma redução objetiva de 22,4 para 13,7 eventos de apneia por hora de sono - de acordo com a escala da polissonografia. Além disso, a intensidade do ronco caiu de 10,2 para 6,9 pontos, reduzindo de "muito alto" para "semelhante a respiração".

Os pesquisadores também notaram que a circunferência do pescoço daqueles que fizeram os exercícios corretos caiu de uma média de 39,6 cm para 38,5 cm - o que sugere que houve melhora no tônus da musculatura da garganta.

"Percebemos que houve diminuição objetiva do ronco e da sonolência. Essa é uma alternativa que não vai resolver o problema, mas vai proporcionar um alívio muito grande para quem sofre com apneia", diz.

Kátia Guimarães reforça que todos os exercícios devem ser feitos com orientação de um fonoaudiólogo. "No começo a intensidade é maior. Depois, os pacientes precisam fazer pelo menos dois exercícios por dia, senão os sintomas voltam", diz.

A pneumologista Lia Rita Azeredo Bittencourt, do Instituto do Sono da Unifesp, diz que os resultados são importantes por apontarem melhora objetiva (com a polissonografia). "Nossos pacientes que fazem exercícios [com técnicas diferentes] relatam melhora na qualidade de vida, dizem que dormem melhor, mas ainda não chegamos a esses resultados objetivos", afirma.

Bittencourt diz que os exercícios para a garganta podem ser um complemento do tratamento. "Mesmo que não sejam totalmente eficazes, pois não acho que sejam curativos", diz.

Ela ressalta, no entanto, que praticar esses exercícios exige disciplina. "Se a pessoa parar depois que atingir os objetivos, a tendência é voltar, assim como acontece com quem quer perder peso", pondera.

CAUSAS DA APNÉIA:

Na maioria dos casos, a apneia acontece porque a musculatura da garganta fica muito relaxada durante a noite, obstruindo a passagem do ar pela garganta. Assim, o paciente desperta do sono várias vezes e fica com sonolência diurna.

De acordo com Lorenzi-Filho, mais de 70% dos casos acontecem em pessoas obesas, pois o excesso de gordura na garganta piora a passagem do ar. Pessoas com a garganta estreita ou com a mandíbula deslocada também podem ter apneia. As consequências são um risco maior de desenvolver doenças cardiovasculares, como infarto e derrame.

O tratamento inclui perda de peso para diminuir o depósito de gordura na garganta, uso de uma placa para a mandíbula e, em casos graves, utilização do CPAP -máscara de ar, que o paciente usa quando vai dormir. Os aparelhos mais baratos custam cerca de R$ 1.200. Cirurgias são menos realizadas.

Editoria de Arte/Folha Imagem


FERNANDA BASSETTE
da Folha de S.Paulo